O famoso “tempo de qualidade”

Não pretendo incluir novo termo no seu dicionário da paternidade ou maternidade. Todos aqui sabemos muito bem, pois já ouvimos de diversos entendedores que o importante não é estar o tempo todo com as crianças, mas que o tempo junto deles seja um tempo de qualidade.

Basicamente se remete ao conceito de se afastar das distrações, das diversas e malvadas distrações que estão corrompendo o mundo das relações interpessoais.

Em casa estamos sempre tentando ficar de olhos abertos quando o assunto é o uso de smartphone quando estamos próximos das meninas.

Pode esquecer se você acha que vou dizer que eu e a Cláudia somos pais perfeitos e jamais somos flagrados pelas meninas com o tal aparelhinho na cara, nos privando de ver nossas filhas crescerem. Tá, exagerei, mas queria te dizer que nós erramos, assim como muitos de vocês também erram nesse ponto.

O mais cruel, se posso assim dizer, é quando se ouve especificamente uma queixa do tipo “papai não tá vendo porque tá olhando pro celular” ou “mamãe tá ocupada com o telefone”.

Vale dizer que em casa praticamente não usamos a TV para “consumo próprio”. Maior parte do tempo é pra uso delas. E não é tanto tempo assim. Ontem mesmo, no início da noite, quando a galera se reuniu em casa (eu e a Cláudia estávamos trabalhando e as meninas com a nova babá, aos olhos da mãe), as meninas chegaram loucas para ver o P J Masks. Marília tentando pronunciar isso, por sinal, é algo de fofura extrema e agarrões quase inevitáveis.

Mas não cedemos à pressão. Aliás, sempre impusemos limites aqui em casa. Mesmo que o casal tivesse alguns assuntos importantes a serem tratados, coisas do dia que estava acabando e que gostaríamos de compartilhar. Mas sabemos que aquilo era importante, mas não era prioridade.

O que fizemos foi proporcionar um momento em família, através de um jogo que poderia nos envolver. Nos sentamos e jogamos, rimos, aprendemos, rimos mais, desenvolvemos habilidades (nos quatro!), enquanto mostrávamos às meninas que tinha programa mais interessante que o desenho que elas chegaram fazendo coro para assistir.

Isso que fizemos, na minha opinião, foi dedicar tempo de qualidade. Não pelos ensinamentos, ou pelas habilidades desenvolvidas, mas pela presença integral dos pais e das crianças no mesmo propósito, na mesma atividade, no mesmo clima.

E não nos custou nada!

Não precisamos de muita coisa para criarmos situações com o tempo de qualidade com as crianças. Só precisamos nos desconectarmos da nossa vidade de adulto um pouco.

Sabem por que resolvi falar disso hoje? Porque um amigo, na porta da escola, me disse que ele não é um pai tão bom quanto eu, o que logo discordei. Um dos argumentos dele é que eu teria mais tempo pras meninas. Assunto pra outro post? Bora!

Bons sonhos!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *